O deputado Elmar Nascimento (União-BA) cobrou nesta terça-feira (29) a neutralidade do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na disputa pela sucessão no comando da Câmara.
“Eu acho que a postura mais correta era em janeiro [Lira] anunciar o seu voto pessoal, mas ficar equidistante do processo e ficar como magistrado. Uma postura mais digna e elogiável. Teria os meus elogios. Espero ainda até que reveja a posição, que rebaixa a posição institucional do presidente da Casa”, afirmou o parlamentar.
Elmar por muito tempo era considerado um grande aliado político de Lira, e disse nos bastidores para aliados que considerou uma traição o apoio de Lira à Motta. “Sempre vou o cumprimentar, sempre vou o respeitar. Decepção por não ter o apoio pessoal, entendendo que eu reunia as melhores condições de poder dirigir a Casa, eu posso ter, mas não vou colocar isso diante dos interesses do meu partido e do bloco que eu lidero e tem sido correto comigo”, disse o Deputado Federal.
O deputado negou ter cobrado de Lira apoio pela relação de amizade, mas destacou que sua escolha atenderia a critérios do grupo político de ambos.
“Eu nunca quis ser candidato do coração de Lira, (quis ser) candidato do critério. Vocês falam muito do blocão do Lira. Cadê o blocão do Lira? Está todo comigo”, afirmou. “Então todo mundo está errado e ele está certo?”, desabafou o parlamentar. Elmar defendeu que os candidatos ao cargo participem de um debate para apontarem quais compromissos estão dispostos a assumir. “O país merece nos conhecer, nos conhecer profundamente do ponto de vista do que a gente pensa e quais são nossas propostas para o futuro”, acrescentou o político.